domingo, 29 de novembro de 2015
quarta-feira, 29 de julho de 2015
O Avestruz de Toga
O que sabes tu de
mim?
Sempre a olhar em seu
umbigo profundo...
O que sabes de mim?
Logo tu que abortou
ler a vida real
para lê-la apenas nos
livros?
O que sabes você das
coisas que não viveu?
Palmatória do mundo,
atrasada ate mesmo na pratica da violência ...
Tardio até para isso!
Sobrou-lhe apenas a
tentativa do escárnio,
de condenar-me por queimar o meu dinheiro, por tragar-lo...
por redimi-lo em
bastonetes de fumo com vinte unidades o maço...
Free... Free... Free...
Sim, ironicamente,
não somos livres...
Ninguém o é de fato!
Nem tu é realmente, pois vive preso nessa falsa toga
de juiz do mundo.
Travestido do que
nunca foi, segue sua vida de avestruz de toga, com a sua cabeça enterrada no
próprio umbigo.
Lambendo suas partes
intimas, nunca saberá o que seja despertar orgasmo a não ser a si mesmo...
A vida real não se
aprende em livrinhos de catecismos do inicio do século, tão pouco se aprende
nas masturbações de ego que costuma fazer.
Não invejo ninguém,
tão pouco você me desperta inveja.
Mais pobre que eu
financeiramente, é você de alma, pois não consegue fazer nada que não seja
cobrado direta ou indiretamente...
O que torna um homem
menos parvo, nunca foi o saldo de sua conta bancaria, tão pouco as caridades
esperançosas de reconhecimento que ele o faz, mas o desejo profundo de querer
bem ao outro ainda que este pense diferente dele.
Amar é dar liberdade
de escolha...
Liberdade é escolher
sem precisar temer a repreensão...
Sei que para você é difícil
compreender isso...
Sei que para você é
difícil compreender muitas coisas que existem fora do seu umbigo,
"No meu mundo
compramos coisas, mas nunca nos vendemos por elas".
Dersan Magalhães
29.07.2015
segunda-feira, 13 de abril de 2015
"Ouro de giz e chão de tolo"
To precisando de uma sacudida!!!
Na verdade, ando sem rumo.
Profissionalmente estou Feito a música do Raul Seixas" Ouro de
tolo", e sentimentalmente tipo "Chão
de giz" do Zé Ramalho...
Eu nasci a dez mil anos a trás, rabiscado em um chão de giz eu não vivo
minha fase "Boca aberta esperando a morte chegar" nesse mundo de
serra pelada, só existe ouro de tolo.
Como milhões de minhocas nos esbaldamos no banquete de terra, nos
servimos da mesmice cotidiana...
Fazemos macumbas, oferendas, simpatias, promessas, orações...
Fechamos nossa igreja!
Lacramos o peito!
Apagamos a luz!
Tudo na esperança de que o amor perfeito chegue, e como um raio de um
novo sentido a vida...
Que aja luz!
Ou Big Bang!
Anseio de nosso coração, nossa alma pudica.
Mas não!
Tudo é chão de giz...
É folha seca ao chão...
É outono...
É vazio...
Premonição da era glacial...
A paisagem na janela é apenas mais um quadro pintado por mãos hábeis,
por de trás, é só tijolo e cimento!
Não existe janela, nem porta... Tudo é só mais uma das diversas paredes
estofada que criamos.
Somos nosso próprio enfermeiro, à nos imobilizar...
Somos nós, à injetar alucinógeno em nossa veia quase seca...
Sim!
Somos a palidez original, a rigidez cadavérica, a mosca que pousou na
nossa sopa.
Poetas a masturbar-se mais com a rigidez da métrica de um poema lúdico,
do que com o sentido real das entrelinhas...
Pintor a lambuzar-se com suas tintas, para que seja confundido com a sua
obra, ao invés de o ser reconhecido nela.
Ego centrista disfarçadamente difuso...
Camufladamente altruísta...
Essencialmente fugaz...
Sim somos artista em uma sociedade que não nos carece, que nos desdenha,
que me nivela por você, falso amante da dialética...
Por tu, somos a poeira do chão de giz rabiscado por uma alma sonhadora...
Somos Tudo que não gostaríamos de ser...
Por sermos vistos misturado...
Como único tipo real, pasteurizado...
Vivendo de sonhos hibernados...
Atrás de uma sobrevivência...
"O gigante não voltou, ele não existe, tu ainda dorme"
Creio que ninguém esteja de fato acordado...
Talvez, o que estejamos é acomodados as paredes almofadadas e aos
modelitos das camisas de força menos ásperas, apenas isso, mas não temos
coragem de correr nu no parque do povo ou no Ibirapuera.
O que mais me parece real, aos olhos alheios, soariam como insanidade
condenável a uma internação sumária.
Se é que me entende!
Na teoria, todos querem ser feliz custe o que custar...
Mas na prática, ninguém paga o preço real da felicidade, ser julgado
impróprio não está nos planos de ninguém.
Todos fazemos contas de mais pra sabermos o quanto perderemos, quando na
verdade nada é de fato subtraído e sim somado.
Toda vivência é soma, uma adição a experiência...
mas minha arte me talha...
Como a massa e soro, somos separados...
Acho que estou filósofo demais hoje!
Filosofar de mais, não deixa tempo pra gozar à vida... Na vida... E pela
vida...
O filósofo é um quase eunuco.
Pensa, pensa, pensa, mas comer que é bom nada.
Só massageando o clitóris intelectual em um ato narcisista não se chega
a lugar algum.
To cansado de ser filósofo, poeta, artista...
To cansado...
As vezes Ser um pedaço de carne, deva ser bom também!
Talvez tudo se resuma em comer e ser comido, e o resto sejam apenas
banalidades inventadas pra nós tirar o foco.
Talvez não estejamos no topo da cadeia alimentar...
Talvez sejamos apenas formigas...
Minúsculas formigas...
...ou a folha...
...ou nada...
Dersan Magalhães
12.04.2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
poema - Eu e tu...
Eu e tu...
Quero-te aqui
sempre,
E que nada nos afaste!
Nem medo...
Nem mágoas...
Nem nada...
Nem mesmo tu!
Que sejamos
eternamente unidos
E que tudo venha para
unirmo-nos, ainda mais...
Nossos risos...
Nossas festas...
Nossa cumplicidade...
Que as alegrias nos
transbordem por completo...
Sejamos mais que
copos cheios a transbordar...
Sejamos o próprio
transbordamento.
Sejamos
indispensáveis um para o outro na mesma proporção.
E nesta ciranda
criada por nossa alegria, pela ausência de medos e nossa cumplicidade...
Sejamos felizes por
completo e também possamos nós,
Eu e você!
Proporcionar a felicidade
de outras pessoas que estejam a nossa volta,
Porem não mais que
nós mesmo, não às custas do nosso afastamento.
Que seja decretado
crime contra a humanidade,
Qualquer tipo de
felicidade que necessitem de tal afastamento.
Que o acusado...
Desalmado...
Egoísta...
Seja escarnado
publicamente!
E seja ele um o
exemplo,
Do que possa acontece,
Ao atrevido quem
tentar,
Ou mesmo financiar,
A nossa separação.
Dersan Magalhães
07.11.12
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