domingo, 5 de janeiro de 2014

Calar-se

Como é difícil calar-se, quando o que nosso coração mais quer é gritar... 
Fazer versos sem rima alguma, apenas para dizer baixinho o que o peito gritaria.  Ah! se possível fosse...
Ah! como eu gostaria de gritar ao vento, se me fosse permitido...
Por vez de raiva, em outras por amor incontido, eu gritaria com fôlego de menino o mais ensurdecedor dos gritos.... Amo!
Amo!
Amo!
Mas pra que serviria meus gritos ao vento se aos teus ouvidos nem chegaria?
De nada serve amar, de nada adiantaria...
abrir o peito pra que se não existe porque nele fazer moradadia é terra infertil pra ti à projetar o sombrio e a solidão da alma. Prefiro ouvir o seu a gritar-me com doçura e por ele ser tomado...
Ah! como eu queria nem que fosse um sussurro saindo dos lábios seus...
guardar teu som tão baixinho como um grão de areia sozinho um afago no coração...
minha luz na escuridão...
mas ao contrário disso tudo,
meu tudo já foi negado e eu um mero infame
por ti ficarei blindado
e nao mais saberei o que seja  ser amado.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Se arrependerá...

 Se arrependerà um dia por cada segundo de silêncio...
 Se arrependerá por cada afago não feito, por cada laço desfeito, se arrependeraz... Um dia com vinte e quatro horas de silêncio, semanas, meses, anos até, ainda será pouco para seu arrependimento, mas só o frio do arrependimento lhe restará...
 Se arrependerá pelo amor negado, pelo exílio a que me condena, eu que por ti devoto tanto amor e mais... lhe daria tanto se possível fosse... se arrependerá pelo desprezo e dele será vítima um dia, mas eu ao contrário de ti não me felicitarei por tal feito, ao contrário! tudo eu daria para que não fosse condenada ao que me tens condenado. se arrependerá... e ao se arrepender ficara claro diante de seus olhos cada lágrima que mareja os meus... mas a de ser o teu neste momento a afogar-se.
Poderia  dizer-te tanto se não fosse o silêncio a que me condenou... Da falta que me faz, escreveria mil estrofes... Mais duas mil, pela dor causada por sua indiferença e pouco teria dito, nada descreve o meu pesar, nem mesmo o som contínuo do meu coração é capaz de tal feito. Talvez o sopro! Sim! Apenas o espaço entre um bater e outro, seria capaz de lhe descrever como me sinto...
A falta de rima tem o mesmo peso do descompasso a que meu coração padesse e de que me valeria o bom traquejo com as palavras, se na vida só desacerto? De que me valeria tantos dizeres encaixado, se diante de seus olhos desmonto-me inteiro? Queria eu manter-me em silêncio, e como você dizer tanto sem palavra alguma... Ah! Como queria ter em mim tal dom, e como você sentir me abastecido de mim mesmo, mas sou um mortal, não tenho dons, em mim existe apenas o espaço, um vazio deixado por ti e nele resta a lembrança dos beijos quentes que outrora dava-me  sem medo. Se arrependerá de cada beijo não dado...
Se arrepender de cada segundo de amor não desfrutado, de cada gota de suor não derramado...  e saberá que as noites de amor intenso que vive agora é nada diante do que poderia ter vivido... e só o arrepender-se lhe restará. Se arrependera de tanto... Mas tão pouco poderá fazer depois de arrepender-se... E só arrepender-se lhe restará... Se arrepender um dia...   se arrependerà um dia por cada segundo de silêncio... se arrependerá por cada afago não feito, por cada laço desfeito,se arrependeraz... Um dia com vinte e quatro horas de silêncio, semanas, meses, anos até, ainda será pouco para seu arrependimento, mas só o frio do arrependimento lhe restará... Se arrependera pelo amor negado, pelo exílio a que me condena, eu que por ti devoto tanto amor e mais... lhe daria tanto se possível fosse... se arrependera pelo desprezo e dele será vítima um dia, mas eu ao contrário de ti não me felicitarei por tal feito, ao contrário! tudo eu daria para que não fosse condenada ao que me tens condenado.
Se arrependerá apenas isso...
E ao se arrepender, ficara claro diante de seus olhos cada lágrima que mareja os meus... mas a de ser o teu neste momento a afogar-se.
Poderia  dizer-te tanto se não fosse o silêncio a que me condenou...
Da falta que me faz, escreveria mil estrofes, mais duas mil pela dor causada por sua indiferença e pouco teria dito...
Nada descreve o meu pesar, nem mesmo o som contínuo do meu coração é capaz de tal feito...
Talvez o sopro... Sim!
Apenas o espaço entre um bater e outro, seria capaz de lhe descrever como me sinto...
A falta de rima, tem o mesmo peso do descompasso a que meu coração padesse e de que me valeria o bom traquejo com as palavras, se na vida só desacerto?
De que me valeria tantos dizeres encaixado, se diante de seus olhos desmonto-me inteiro?
Queria eu manter-me em silêncio, e como você dizer tanto sem palavra alguma...
Ah! Como queria ter em mim tal dom, e como você sentir me abastecido de mim mesmo e das minhas certezas, mas sou um mortal, não tenho dons, em mim existe apenas o espaço, um vazio deixado por ti e nele resta a lembrança dos beijos quentes que outrora dava-me  sem medo.
Se arrependerá de cada beijo deixado no ar...
Se arrepender de cada segundo de amor não desfrutado, de cada gota de suor não derramado e saberá que as noites de amor intenso que vive agora é nada diante do que poderia ter vivido...
E só o arrepender-se lhe restará...
Se arrependerá de tanto...
Mas tão pouco poderá fazer depois de arrepender-se...
E só o arrepender-se lhe restará...