Um pobre mortal
Amasso-te o corpo, para tirar-lhe o sumo do desejo...
E para beber o mel que dele brota, como fonte de doçura,
Apenas meus lábios me bastam.
Ai de mim se não possuísse este corpo...
Ai de mim se não tivesse me perdido nestas curvas,
Ai de mim...
Pobre mortal, que há tempos morria de desejos...
Que me fechava em
segredos...
Que se trancava em medos por não merecer tamanha graça.
Ai de mim...
Um pobre, a sucumbir diante de tanta riqueza...
Um escravo, uma lasca de homem...
Um pedaço a procura de ser inteiro.
Um quase nada perdido no tempo...
Ai de mim agora!
Depois de ter provado deste céu inteiro, nada mais me
resta...
Nem uma brisa de mim resta agora...
Depois de ter
mergulhado nesta noite negra...
Só me resta a lembrança
Dersan Magalhães
05 de
março 2013
Um comentário:
Lindo poema - sensual e cheio de curvas...parabéns mais uma vez ao artista Dersan Magalhães. Jotacê Cardoso
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