domingo, 5 de janeiro de 2014

Calar-se

Como é difícil calar-se, quando o que nosso coração mais quer é gritar... 
Fazer versos sem rima alguma, apenas para dizer baixinho o que o peito gritaria.  Ah! se possível fosse...
Ah! como eu gostaria de gritar ao vento, se me fosse permitido...
Por vez de raiva, em outras por amor incontido, eu gritaria com fôlego de menino o mais ensurdecedor dos gritos.... Amo!
Amo!
Amo!
Mas pra que serviria meus gritos ao vento se aos teus ouvidos nem chegaria?
De nada serve amar, de nada adiantaria...
abrir o peito pra que se não existe porque nele fazer moradadia é terra infertil pra ti à projetar o sombrio e a solidão da alma. Prefiro ouvir o seu a gritar-me com doçura e por ele ser tomado...
Ah! como eu queria nem que fosse um sussurro saindo dos lábios seus...
guardar teu som tão baixinho como um grão de areia sozinho um afago no coração...
minha luz na escuridão...
mas ao contrário disso tudo,
meu tudo já foi negado e eu um mero infame
por ti ficarei blindado
e nao mais saberei o que seja  ser amado.

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