domingo, 2 de junho de 2013

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Poema - Jim beam, Love-me



Jim beam, Love-me


Sinto sua falta em cada partícula de oxigênio que respiro.
Sufoca-me a saudade de ti, na mesma proporção que me afogo nas lembranças dos teus beijos...
Poderia ser doce o nosso poema, se ao final de todos os versos, eu não sentisse o fel escorrer goela a baixo.
Rasgo-me inteiro ao me lembrar do seu cheiro e como em um rosário, entrelaço-me á cada pedacinho seu.
Junto os fragmentos das minhas lembranças e armo-me como se elas fossem pedras do bodoque que me defenderá nas guerrilhas do terreiro.
Morro por um tiro inesperado!
Por sua insistência em não mais querer brincar,
Morro só...
E só as lembranças velaram minha morte.
Uma dose a mais de ti é o que peço...
Meu corpo viciado pelo seu, reluta em se entregar a outro qualquer...
Somente o teu corpo calará os gritos dos meus...
Nada silenciará este desejo que me queima a alma.
Meu vicio e minha cura, tem seu nome assinalado.
Tens meu mundo inteiro resumido em ti...
Flutuo neste espaço infinito de tristeza,
Mergulho-me em mais um copo de ti,
Que escorra gota a gota, o que tens pra mim.
Bebo-lhe ao sabor da saudade...
Ao sabor do desejo...
Que me consome inteiro...

Dersan Magalhães