quarta-feira, 10 de julho de 2013

poema -Ai, o amor...




Ai, o amor...


O amor que tenho por você é tão indescritível,
Que só as sombras podem dimensioná-lo...
Ele é inatingível para as outras pessoas,
É como as sombras, ele passeia por entre as pessoas...
É de seu corpo que ele se projeta sobre todas as coisas...
Seu corpo é algo que me fascina, não pelo sexo em si,
Mas pelas curvas que faz.

Ele é como a nossa vida!

Fizemos varias curvas,
Direcionamo-nos para locais opostos,
Mas estamos aqui, a viver este amor, que ainda é maior que nós.

As mesmas curvas que nos separaram há anos...
Agora se entrelaçam e para mim,
Mesmo que a viagem tenha sido dolorida...
Ainda assim, me ver deslizar sobre suas curvas,
Faz valer à pena cada sofrimento que vivi...
E todos eles se transformam em pequenas formigas,
A trabalhar para me trazer até esta felicidade que é ter você em meus braços.

Não a quero nua!

Mas que seja despida de pudores mundanos,
Eu a quero, nua em pelos,
Para que nosso amor deslize na maciez da sua pele.

E vivemos!

Vivemos envoltos a convenções,
Que tenta nos impedir de ser feliz...
Ser infeliz é o que nos fará escravos do mundo,
Mas é o amor que nos liberta sempre...

É o seu amor que me liberta!

Mesmo que pelas sombras...
De uma forma velada...
Deixarei marcado no mundo este amor libertador.

E que venha logo!
Que venha envolto ao fogo, como o martelo de Hefesto,
A forjar a égide de nosso amor, pois como a forja,
Meu corpo já arde pelo seu...
Meu copo transbordado de desejos,
Pede sua boca para beber-lo.
Saciar sua sede de mim, também é
Saciar a minha de ti e negar-lhe tal gole
É também condenar-me a sede eterna.
A frigidez do não amor...

Dersan Magalhães
 10-07-2013