O coração é a coisa mais perigosa do mundo
O coração é a coisa mais perigosa do mundo.
Toda cultura, toda civilização e toda pretensa religião separam a criança do seu coração. Ele é uma coisa muito perigosa. Tudo o que é perigoso vem do coração.
A mente é mais segura, e com a mente você sabe onde está. Com o coração, ninguém sabe onde está. Com a mente, tudo é calculado, mapeado, medido.
E você pode sentir a multidão sempre com você, à sua frente e atrás de você. Muitos estão se movendo nela; é uma auto-estrada — concreta, sólida e que lhe dá uma sensação de segurança.
Com o coração, você está só, ninguém está com você. O medo o pega, o possui, toma conta de você. Para onde você está indo? Agora você não sabe mais, porque quando você se move numa estrada com a multidão, você sabe onde vai porque pensa que a multidão sabe.
E todos estão na mesma posição; todos pensam: "Tanta gente andando, devem estar indo a algum lugar; de outro modo, porque tanta gente, milhões de pessoas se movendo? Devem estar se dirigindo a algum lugar".
Toda cultura, toda civilização e toda pretensa religião separam a criança do seu coração. Ele é uma coisa muito perigosa. Tudo o que é perigoso vem do coração.
A mente é mais segura, e com a mente você sabe onde está. Com o coração, ninguém sabe onde está. Com a mente, tudo é calculado, mapeado, medido.
E você pode sentir a multidão sempre com você, à sua frente e atrás de você. Muitos estão se movendo nela; é uma auto-estrada — concreta, sólida e que lhe dá uma sensação de segurança.
Com o coração, você está só, ninguém está com você. O medo o pega, o possui, toma conta de você. Para onde você está indo? Agora você não sabe mais, porque quando você se move numa estrada com a multidão, você sabe onde vai porque pensa que a multidão sabe.
E todos estão na mesma posição; todos pensam: "Tanta gente andando, devem estar indo a algum lugar; de outro modo, porque tanta gente, milhões de pessoas se movendo? Devem estar se dirigindo a algum lugar".
Todos pensam assim.
Na verdade, a multidão não vai a lugar algum. Jamais alguma multidão chegou a meta alguma; a multidão continua a caminhar. Você nasce e se torna parte dela, e a multidão já estava caminhando antes de você nascer.
E chega um dia em que você acaba, você morre, e a multidão continua a caminhar, porque sempre há gente nova nascendo.
A multidão nunca chega a lugar algum — mas ela dá uma sensação de conforto. Você se sente aconchegado, rodeado de tantas pessoas mais sábias, mais velhas e mais experientes que você; elas devem saber para onde estão caminhando — e você se sente seguro.
No momento em que você começa a cair para o coração... e é uma queda, como cair num abismo. Eis porque quando uma pessoa está apaixonada, dizemos que ficou caída de amor. É uma queda — a cabeça a vê como uma queda —, alguém se desviou, caiu.
Quando você começa a cair em direção ao coração, você fica só; agora ninguém pode estar ali com você. Você, na sua solidão total, ficará temeroso e assustado. Agora não saberá para onde está indo, porque ninguém está ali e não há marcos de referência.
Na verdade, não há um caminho sólido, concreto. O coração não está mapeado, medido, cartografado. Só haverá um tremendo medo.
Todo o meu esforço é para ajudá-lo a não ter medo, porque somente através do coração é que você renascerá. Mas antes de renascer, você terá que morrer. Ninguém pode renascer antes de morrer.
Logo, toda a mensagem do Sufismo, do Zen, do Hasidismo — todas essas são formas de Sufismo — é de como morrer. A base é a arte de morrer. Não estou ensinando outra coisa senão isto: como morrer.
Se você morre, fica disponível a fontes infinitas de vida. Na verdade, você morre na sua forma presente; ela ficou estreita demais. Nela você apenas sobrevive — você não vive. A tremenda possibilidade da vida está completamente fechada, e você se sente confinado, preso.
Você sente, em todas as partes, uma limitação, uma prisão. Uma parede, um paredão de pedra surge em cada lugar para onde você se dirige — uma parede.
3
Todo o seu esforço deve ser para quebrar essas paredes de pedra. E elas não são feitas de pedras, mas de pensamentos. E nada é mais rochoso do que um pensamento; eles são feitos de dogmas, de escrituras. Eles o cercam, e onde quer que vá, você os carrega junto.
Você carrega sua prisão; ela está sempre pendurada à sua volta. Como rompê-la?
A quebra das paredes parecerá uma morte para você. E é, de certo modo, porque sua identidade atual será perdida; você não será mais. Subitamente, uma outra coisa... Ela estava escondida dentro de você, mas você não estava alerta.
De repente, uma descontinuidade. O velho já não é mais, e algo completamente novo entrou. Não se trata de uma continuidade com o seu passado, eis por que a chamamos de morte. Não é contínuo: existe um intervalo.
E se você olhar para trás, não terá a sensação de que era real tudo aquilo que existia antes desta ressurreição. Não, parecerá como se fosse um sonho, ou como se você tivesse lido em algum lugar, uma ficção, ou como se alguém tivesse contado sua própria estória e que jamais fora sua — de uma outra pessoa.
O velho desaparece completamente. Eis porque chamamos isso de morte. Um fenômeno absolutamente novo passa a existir, e lembre-se da palavra "absolutamente". Não é uma forma modificada do velho, não tem conexão alguma com o velho; trata-se de uma ressurreição. Mas a ressurreição só é possível quando você for capaz de morrer.
Osho, em "Antes Que Você Morra"
"postei este texto para que possamos, eu e você que o lê, refletir sobre o tema e seguindo uma lógica, dos texto que postei anteriormente, porem deixando claro! Mesmo não sendo eu o outor deste texto,
mas quardando as devidas proporções, vejo muito dos meus, embutido neste."
"Morremos a cada dia, para renacermos no seguinte"
Dersan Magalhães
Um comentário:
Concordo plenamente com o texto,a pergunta o que é morte?é simplesmente renascermos no dia seguinte,mesmo que nosso corpo fisico n esteja mas aqui mas em algum lugar e eu acredito esta renascendo,e quanto ao amor é só encontrar a sua metade e não mais irá se sentir morto e sim a cada dia renascendo.
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