Aqui e sempre...
Quando nada me vem...
Saio entristecido com
a solidão...
A caminhar sem
destino...
E como tal, também me
sinto sem origens...
É como se eu viesse
do nada, este sentimento do não saber, toma-me por completo.
Esfarelam-me as
certezas e sufocam-nas com tanta pressão, que desintegram meu saber.
As interrogações
brotam como ervas daninha no meu peito já calejado de tristeza.
Pra onde eu vou?
Cadê você, que por
ordem alheias as tuas, desapareceu?
Nada é mais
importante que o lugar que sinto a dor...
O aqui, o agora, o vácuo
que se abre sob meus pés, suga-me para as sombras...
É onde me dói o
coração e o transforma em nó de magoas, de dores abandonadas.
É neste momento cercado
por interrogações, de nós cegos que não se desfazem,
Que meu peito sangra!
Arde e queima!
E numa sinfonia
triste embalado pelo pranto, meu peito chora por ti...
Chora por saudades de
um querer desconhecido até então...
Mas já sentido desde
sempre...
E já eternamente em
mim...
É estranho dizermos
sempre, para algo que nos é desconhecido...
Mas é nela, na
palavra “sempre” que encontramos o sentido do eterno.
E quem melhor que ela
para definir a eterna dor que sinto?
Sempre!
Para tristezas...
Para alegrias...
Para amores...
Desilusões amorosas...
Para amores
eternos...
E até mesmo para a
ilusão de que nunca terá fim...
Para dor de amor ou
desamor...
Ah! Para sempre...
Um eterno sempre, que
nos acompanha feito sombra.
A nos assustar, a nos
criar temor, a nos deixar em prantos por saudades.
Da vitória de dois
corações a se completar...
Da certeza que teu colo
me aguarda...
Da pró-pia sorte de felicidade...
Do não perder
nunca...
Do encontrar-te sempre
a minha espera e pelos beijos teu, curar-me as feridas...
Dersan Magalhães
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