sábado, 3 de novembro de 2012

Aqui e sempre...



     


Aqui e sempre...

 
Quando nada me vem...
Saio entristecido com a solidão...
A caminhar sem destino...
E como tal, também me sinto sem origens...
É como se eu viesse do nada, este sentimento do não saber, toma-me por completo.
 Esfarelam-me as certezas e sufocam-nas com tanta pressão, que desintegram meu saber.
As interrogações brotam como ervas daninha no meu peito já calejado de tristeza.
Pra onde eu vou?
De onde eu vim?
Cadê você, que por ordem alheias as tuas, desapareceu?
Nada é mais importante que o lugar que sinto a dor...
O aqui, o agora, o vácuo que se abre sob meus pés, suga-me para as sombras...
É onde me dói o coração e o transforma em nó de magoas, de dores abandonadas.
É neste momento cercado por interrogações, de nós cegos que não se desfazem,
Que meu peito sangra!
Arde e queima!
E numa sinfonia triste embalado pelo pranto, meu peito chora por ti...
Chora por saudades de um querer desconhecido até então...
Mas já sentido desde sempre...
E já eternamente em mim...
É estranho dizermos sempre, para algo que nos é desconhecido...
Mas é nela, na palavra “sempre” que encontramos o sentido do eterno.
E quem melhor que ela para definir a eterna dor que sinto?
Sempre!
Sempre para tudo que não soubermos o inicio ou o fim.
Para tristezas...
Para alegrias...
Para amores...
Desilusões amorosas...
Para amores eternos...
E até mesmo para a ilusão de que nunca terá fim...
Para dor de amor ou desamor...
Ah! Para sempre...
Um eterno sempre, que nos acompanha feito sombra.
A nos assustar, a nos criar temor, a nos deixar em prantos por saudades.
Que não mais de ti, e sim de nós mesmos quando ainda éramos morada da coragem.
Da vitória de dois corações a se completar...
Da certeza que teu colo me aguarda...
Da pró-pia sorte de felicidade...
Do não perder nunca...
Do encontrar-te sempre a minha espera e pelos beijos teu, curar-me as feridas...

Dersan Magalhães

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