Não quero mais...

Não quero mais dialogar com idiotas, a idiotice é uma doença contagiosa!

Não quero mais falar dos hipócritas, ou de suas hipocrisias, eles existem e existiram sempre e talvez caiba a eles realçar seus antônimos. As tais palavrinhas mágicas que todos nos pronunciam como forma de consolo: sinceridade, verdade, franqueza, honestidade, veracidade, mas no fundo ninguém ou quase ninguém, tem coragem de andar de mãos dadas com elas de fato, pois não querem ser chamados de utopistas ou ter atrelado ao seu nome qualquer forma de adjetivo pejorativo ou demasiadamente negativo a sua limpa e polida imagem. Não! Nada tem eles a ver com tais adjetivos, nada mesmo, assim como as suas imagens também nem são tão polida assim, tudo imagem rota, imunda até, sórdidas, cheias de sujidades, mas que gosta de dizer –se mais limpas que bunda de anjo, Coisa grosseira esta de se dizer não é? Indecente, torpe, mas indecorosamente verídica. A hipocrisia pega mesmo! Ela é um parasita e como todo parasita que se preze, ela engorda as custas do nosso sangue, de nossas verdades, de nossos atos falhos na hora do banho da ausência de  conceitos morais e éticos. Ai como doe este banho! Este esfregar-se inteiro para se livrar das hipocrisias que nós somos obrigados a nos deparar no dia a dia. Lembro-me da minha avó me dizendo que antigamente era preciso esfregar-se com cacos de telhas ou sabugos de milho, para retirar a sujeira do corpo, o cascão cumulado. Creio que esta sujeira moral a que me refiro, o tal método antigamente usado em nada surtiria efeito hoje em dia, apenas veríamos hipócritas e idiotas caminhando pela rua com a sua pele ralada, a sangrar de tanto esfregar-se. Esfregar-se muito! Pra depois saírem ainda mais idiotas e hipócritas, pois banhos nunca mudou a essência de ninguém.

Viva os aculturados, os intelectuais modernos, os socialmente polidos, profissionais da hipocrisia, do desdém alheio, os detentores de diplomas a enfeitar paredes brancas, e geladas. Um viva á todo tipo de idiota a que somos obrigados a nos deparar em nosso dia a dia quando nos sentimos obrigados a nos defender de injustiças, mazelas, desonestidades, desrespeitos sociais e de direitos. Um ou mais... Viva! Viva!Viva!

Dersan Magalhães