Ambos...

Ambos, juntos e misturados...

 

"Podemos nos molhar mesmo!
Mas talvez seja esta a intenção!
É a lei das águas...
Molhemo-nos,
Hoje e sempre!
Quem sai na chuva tem que se molhar mesmo!"

Disse eu, em poema passado...

Mas esqueci de convida-la

Vem...

Eu molho você, sei que não ficará molhada por muito tempo.

A água da chuva evapora ao tocar-lhe a pele

Talvez tenha sido você a culpada da chuva de ontem aqui

Ontem a tarde choveu ai, eu sei fiquei sabendo!

Então por culpa tua, também aqui choveu e deste amor quente que possui

Assim que a água lhe tocou o corpo ela evaporou e formou nuvens carregadas

E que o vento trouxe para brindar- me e inspirar a completar meu poema.

Sei que seu amor é quente só por que choveu, por culpa sua.

E desde quando não é?

Como pode uma mulher se dedicar tanto as coisas

Se o amor que ela distribui for frio?

Claro que o seu é quente, eu o sinto a fritar-me inteiro.

Você é um micro ondas, um furação na forma humana.

Mas se questiona, fala de um jeito como se não o fosse.

Mas você está tão enganada...

Para mim você o é por completo, não estou enganado.

Nós apenas olhamos para pontos diferentes

Posso eu, ser bem mais frágil que você e sei que o sou de fato!

Mas você em sua fragilidade se esconde

Frágil sim, porem profunda, intensa, um furacão.

Que me tirou da palidez, da apatia.

Nunca falei de cama, sexo, ou as formas de pecarmos.

Isto é menos importante do que o que já fez em minha vida.

Nunca falei e de que adiantaria...

Penso muito mais no estrago que fez em mim sem tocar-me

Do que possa eu o ser depois de toca-la.

Nem juras de amor me fez...

Mesmo sem o fazê-lo, já me possui...

Direciona meus pensamentos

Pra então depois diluir-me...

É não mesmo!

Não me iludiste em nada, mas a ti iludiste, sua tola.

Pois amar não é isso?

Dar-se mesmo sem saber se receberemos algo em troca?

Você quer ser muito pé no chão...

Tenta ter tudo projetado, rascunhado e milimetricamente calculado.

Mas ainda vai aprender,

Que quando se fala de amor, nada é como se planeja...

Cálculos, de nada adiantam,

É pura perca de tempo

Mas fique a vontade para os fazê-lo...

Fala-me as tuas verdades, pois as minhas tenho escrito todas.

Nem sempre o tempo é dinheiro ás vezes, ele é apenas tempo mesmo.

E deve ser desfrutado como tal

Que verdade que saber?

Você ama de verdade?

Quando some eu fico no ar.

És inteira minha, a sua atenção?

Fale, pois o sou  todo ouvidos...

Estou louco pra beijar-te, para beija-la inteira.

Beijos grandes e demoradamente apaixonados.

Quem disse que não os seria?

A delicadeza do beijo independe do tempo ou de sua duração.

Delicadeza sempre, mas com constância.

Eu nunca o fui diferente, parece que te sinto...

Morder-te ei seus lábios, como quem morde uma fruta tenra e doce.

Como se ela fosse a ultima do pé.

Ei de degusta-la, demoradamente,

Sentindo cada partícula de açúcar de sua boca.

E me acabando no mel de ti.

Já não tenho beijado muito...

Confesso que nem beijão eu tenho na verdade...

Pois tão longe esta você de mim,

Como poderia eu beija-la, estando tão distante assim?

Não, você esta longe de mais pra mim.

Então só me restou beijar-te em palavras

Sinta!

Beijo-te agora, como o beijo que antes lhe foi dado.

Seus beijos já selaram minha boca.

Nada o tocaram desde então.

Ainda estão á espera de seu retorno...

E nem aos anjos eu permitido um beijo em mim.

E nem a eles eu concedo tal desfrute!

O gosto já me saiu da boca, mas eu ainda o sinto ao lembrar-me de ti.

Como se o reprisar-se a cada lembrança tua.

Como em uma tortura repetida...

Eu me forço a lembra, que não estas aqui de fato.

E me desfaço em tristezas por não estar.

Volta e meia me provocas...

Vem beijar-me, vem!

Ás vezes eu queria!

Queria ser o vento a refrescar-te o corpo...

Viajaria léguas só para fazê-lo.

E a envolveria na leveza da brisa.

Rodopiaria ao seu entorno

E moreia nos teus lábios...

Morada da minha perdição...

Ah! Que boca doce a tua,

Que lentamente me desarma

E nada posso eu contra ti.

A menina que antes eu sonhava

Hoje á dominar-me, a razão como a mulher dos meus Desejos.

Reais...

Distante de o ser apenas sonho...

Materializando a felicidade...

Juras que nunca me fez...

Nada servem de álibi.

Juras que em pensamento nunca as fez?

 Juras...

Talvez não para mim, claro!

Mas já as li em seus olhos a brilhar...

Por que fizeste isso?

Por que me tiraste o chão com seu beijo?

Agora só me resta é flutuar mesmo...

Mas sempre em sua direção

E nada mais quero vida

Ninguém mais será capaz de me tocar da mesma forma...

Teu beijo que antes selou a minha boca.

Selou também meu coração.

Nele só você fez morada segura.

Mais ninguém pode aluga-lo

Quando vem beijar-me?

Eu, todo dia beijo-te quando dorme,

Lembro-me dos beijos provocativos que deste em mim...

As frases saem da minha boca como quem solta um tragar de cigarro...

E logo volto a tragar-te novamente, um trago profundo,

Que me dói o peito, que me cala...

Que me reduz ao pensamento de perda.

Ai como eu morria, quando se afastava de mim.

E nada poderia eu contra sua vontade

Nada...

Apenas olhar te partir...

Acompanhada ou não, você partia...

Nem importância eu tinha

Mas era eu que suas a alma segurava,

Eles nunca as tiveram de verdade.

Só eu saberia abrir te como pandora.

Como caixa mágica e cheias de surpresas...

Eu, que nunca tentei, mas que possuía as chaves do teus segredos.

Não fugirei mais, mas também não fujas você de mim,

E nos trancaremos vez ou outra nesta caixa

E em segredo nos revelaremos

Um para o outro.

Melhor assim!

O segredo nos protege das intempéries do tempo...

Nos mantém aquecidos de nós

E quem me dera saber eu deste dia...

Quem me dera saber o dia, a hora, a perfeita exatidão de sua chegada.

Pergunta-me o que teu corpo já lhe respondeu a segundos a traz.

Então sou eu que fico sem resposta...

Nada posso contra a distância.

Apenas posso encolher-me para tomar impulso.

Quem sabe eu bata o Record de salto em distancia...

Motivações não me faltam para fazê-lo.

Tudo tem sua hora...

“Um segredo quando revelado antes do tempo certo, passa a ser fofoca.”

E não mais um segredo...

Dersan Magalhães

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