sexta-feira, 4 de abril de 2014

poema-032 Com licença sai de mim...

32# Com licença sai de mim...

Sai de mim,
Não há como eu existir
Com tamanha solidão,
Se eu jaz e devorado pela terra,
Minha vida aqui se encerra
Sem ter de ti o perdão.

Um morto vivo andante
Pela vida agora errante
Sem preocupar-se com o depois.

Pois quem do amor despojado
Tem no peito algo quebrado
E não vê mais alento algum.

Todo dia é sempre nublado,
Sente o corpo sempre surrado
A viver entre os caídos ...

Perambulando em vão
Pois não terá solução
Ou um repouso tranquilo

Em cada canto que parar
De sua mochila vai saltar
Os tormentos e a aflição

E de cada dia sofrido
Na pele marcada a certeza
De dizer a cada manhã
Bom dia amiga tristeza.

Dersan Magalhães


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