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Abandonar é amar...
As
vezes não entendo o porquê das coisas,
sinto uma tristeza não pelas palavras
que ouvi,
mas por não as entender com profundidade.
Amar pode ser muitas coisas,
até mesmo no abandono pode existir amor no abandono,
talvez seja difícil
entender,
como também não foi fácil pra mim entender a princípio.
Se realmente
amar é querer o melhor para quem amamos
e se este, está agindo de forma errada e
auto destrutiva,
talvez o abandono seja a maior forma de demonstrarmos amor.
Abandono gera espaço pra pensar,
nos obriga a agir.
Para o bem ou para o mau,
abandono é sempre bom
e se observado com cuidado os mínimos detalhes,
veremos
um querer de amor ainda maior que o amor de quem nos carrega no colo.
O Livre
arbítrio é uma forma de abandono.
Somos abandonado a sorte de nossas escolhas
e
ainda assim ter o direito ao livre arbítrio foi a maior prova de amor que Deus
nos deu.
Só conseguimos nos superar
quando já não temos onde nos apoiar,
ser
abandonado nos faz seguir sem nossas muletas psicológicas
e mesmo que nos desequilibremo-nos,
o cair nos mostra que o chão nem era tão insuportavelmente duro quanto
imaginava.
Somos tomados por uma vontade instantânea de nos levantar,
seguir
faz parte dó instinto natural do ser humano.
Meu
tombo de hoje pode ser maior que todos que eu já levei,
mas minha experiência
de levantar-me também já está mais apurada.
Nada do que vivo agora será capaz
de destruir toda a experiência que eu já acumulei,
por um tempo me acomodei com
as poucas glórias que conquistei
e abaixei a cabeça pensando já ter chego ao
fim dó espetáculo.
Hoje sei que nunca vou saber quando este dia chegar
e nem
serei eu o merecer de aplausos.
Vim,
vivi e apenas cumpri o que me foi determinado,
sou apenas o pedreiro e não o
arquiteto.
Dersan Magalhães
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