sexta-feira, 4 de abril de 2014

poema-045 " O velhaco e o Punguista..."

“O velhaco e o punguista”

Não sabes a dor do meu peito, nem tudo o que tenho vivido
Mas acha-se no direito, das falácias que tem dito...
Não me apontes pela rua, nem divulgues minha vida.
Pois dela já não sabe nada, é terra estranha e perdida.

Mas lembre-se que na sua, fui eu quem lhe ajudou.
Ao menos se de o respeito, não mostrando ingratidão.
Pondere a situação, pois se hoje está gordo e forte,
Não foi por destino ou sorte e sim por usurpação.

Com mãos adestradas nas cordas, manipulas sem perdão
Engana e confabula, para dos outros tomar o pão,
Nas artes de ser hiena és o cara meu irmão!

Mestre usando palavras, justificando ser ladrão
Usas filosofia, mestrado de economia,
Teses de teatro e magia ou cursos que nunca fez.

Mas quando olhar no espelho, ficará até com medo
Do cara que em ti se fez...
Triste ver-se lá... Pois olhando para aquele estranho
Passará na sua mente:

O mesmo punguista de sempre,
agora invadiu a minha mente!

“O velhaco quer me roubar...”


Dersan Magalhães

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