domingo, 30 de março de 2014

poema-016 Plante...

16# Plante...

Se cada palavra que falo é tempo perdido, calo-me.
Se do seu peito me despejas sem defesa, mudo-me...
Se a solidão é o prato do dia,
Sirvo-me
Será ela a minha colheita?
Já não reluta mais meu peito
O que perdi foi a muito tempo
Não adianta brigar mais...
Sou impotente ao tempo
E ele não volta mais
Não que tenha deixado de amar,
Hoje estou anestesiado diante da escassez de felicidade.
Nunca foi tão visível pé mim,
Tudo que tenho enxergado
Sou apenas um eco comprido
Ou um som chegando atrasado.
Não sou cruz nem espada,
Nunca fui opção,
Fui a casa sem porta
E o fim da canção.


Dersan Magalhães

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