sábado, 29 de março de 2014

Poemas-006 Será real?

Será real.

Será real o que sinto?
Será real também, o que diz sentir por mim?
Medo de ser real a minha ilusão ou ter sido ilusão tudo que achei real.
Se tudo entre nós era tão natural não seria normal estarmos desfrutando um do outro?
Vejo me entre tantas dúvidas e só o seu silêncio tenho como resposta.
Lindo é o amor dos poemas, dos livros, só neles achamos as respostas quando chegamos ao final. Em poemas ou histórias de amor literária o final nunca está nas mãos do incerto, ou de uma força divina, mas na força dos amantes em permanecerem juntos, tudo é mais doce nós contos de romance até a morte de Romeu e Julieta tornou doce e inspiradora. Orfeu, Romeu, Peri todos padeceram por amor até a fera ou o fantasma da ópera, mas todos sem exceção provaram de amores sem dúvidas e por isso desfrutam de finais que até hoje inspiram amantes a gerações. Será que nossa história se realmente fosse escrita inspiraria uma viva alma a amar?
Temo está resposta, temo não encontramos um final que faça todo o sofrimento ter válido a pena. Temo ser ferida aberta, temo terminar meus Dias com uma cicatriz que no fundo esteja confeccionada.
Se foi deus que fez vê pra mim...
Foi deus que me fez renascer dos mortos e reviver uma esperança de felicidade que o mundo diz, não ser para mim?
Tantas perguntas..._
Tão grande é o desejo por respostas, 
menor apenas que os tantos medos que possui a minha alma...

Ei de acostumar-me com tudo nessa vida. Ei de acostumar-me até com a dor de dente
Ou com a ausência de quem não mais quis ser presente em minha vida.
Foram-se os dentes, ficam-se as gengivas.
Avermelhadas e saudáveis gengivas a esticar-se para um sorriso espontaneamente largo.
Depois!
Ah! Bem depois que a sua ausência
Nem mais sentida for,
Terei perdido só o meu sorriso branco,
Mas nunca o murcho sorriso de criança.


Dersan Magalhães


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