Será
real.
Será
real o que sinto?
Será
real também, o que diz sentir por mim?
Medo
de ser real a minha ilusão ou ter sido ilusão tudo que achei real.
Se
tudo entre nós era tão natural não seria normal estarmos desfrutando um do
outro?
Vejo
me entre tantas dúvidas e só o seu silêncio tenho como resposta.
Lindo
é o amor dos poemas, dos livros, só neles achamos as respostas quando chegamos
ao final. Em poemas ou histórias de amor literária o final nunca está nas mãos
do incerto, ou de uma força divina, mas na força dos amantes em permanecerem
juntos, tudo é mais doce nós contos de romance até a morte de Romeu e Julieta
tornou doce e inspiradora. Orfeu, Romeu, Peri todos padeceram por amor até a
fera ou o fantasma da ópera, mas todos sem exceção provaram de amores sem
dúvidas e por isso desfrutam de finais que até hoje inspiram amantes a
gerações. Será que nossa história se realmente fosse escrita inspiraria uma
viva alma a amar?
Temo
está resposta, temo não encontramos um final que faça todo o sofrimento ter
válido a pena. Temo ser ferida aberta, temo terminar meus Dias com uma cicatriz
que no fundo esteja confeccionada.
Se
foi deus que fez vê pra mim...
Foi
deus que me fez renascer dos mortos e reviver uma esperança de felicidade que o
mundo diz, não ser para mim?
Tantas
perguntas..._
Tão
grande é o desejo por respostas,
menor apenas que os tantos medos que possui a minha alma...
menor apenas que os tantos medos que possui a minha alma...
Ei
de acostumar-me com tudo nessa vida. Ei de acostumar-me até com a dor de dente
Ou
com a ausência de quem não mais quis ser presente em minha vida.
Foram-se
os dentes, ficam-se as gengivas.
Avermelhadas
e saudáveis gengivas a esticar-se para um sorriso espontaneamente largo.
Depois!
Ah!
Bem depois que a sua ausência
Nem
mais sentida for,
Terei
perdido só o meu sorriso branco,
Mas
nunca o murcho sorriso de criança.
Dersan
Magalhães
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