42# Do abismo...
Perco-me no abismo das minhas palavras
Ato-me a cada uma delas como degraus de uma escada
velha,
Que
subo a passos lentos e constantes...
Firmo
os pés para não desequilibrar-me diante dos fantasmas de sentimentos,
Sigo
a diante nesta escalada em direção ao sol, para que ao menos ele me aqueça.
Nas
paredes, vejo as lágrimas que eu mesmo derramei, sob meus pés um rio inteiro
delas...
Mas
eu, continuo firme e nem mesmo o temor do ranger da escada me assusta mais,
Já
cai tantas que vezes que uma queda eminente seria apenas mais uma dentre tantas
que não me fizeram desistir.
Sou
alma livre em busca de esticar as asas para o voo...
Tenho
a liberdade impressa no peito e nas mãos as ferramentas para pintar meu céu...
Sou
vulto para o cansaço, ele não me enxerga mais
Quisera
ele
Que
não fosse, para tomar-me nos braços e esmagar-me,
Mas
eu já vejo a luz a refletir em meu rosto e beija-lo
Com
doçura...
Não
tarda meu voo e com meus joelhos curvados nada irá impedi-lo.
Beijarei
a lua em seu nome musa minha
e
que seja meu o seu beijo um dia...
Que
seja...
Dersan
Magalhães
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