sábado, 29 de março de 2014

poema 042- O Artífice da alma

“O Artífice da alma”


Estou desabitado, no peito um estado de inércia...
Corpo quente, músculos enrijecidos, mas a alma murcha de alegria.
Como uma flor morta e com raízes ainda a esparramar-se,
Estou à espera de outra flor irmã para realçar-se dentre as ervas daninhas que me rodeiam.
Agora sou filho da terra como milhões aqui
E como tal e tantos outros, a dor em meu umbigo é maior que todas...
Rogo pela alegria alheia, mas que sobrasse ao menos uma gota dela pra mim...
Não apenas lagrimas...
Não apenas eu...
Não apenas, mais um "Apenas deixe pra lá..."
Saudade é saudade que dói no peito e pronto!
Saudade é engenheiro, arquiteto,
Artífice em oficio solitário na construção de máquina de mergulho da alma.
Saudade é arrependimento do desapego, do deixar ir...
Uma reação adversa a doses de amor verdadeiro...
Saudade é vento que passa, reformula e vai embora.

Dersan Magalhães

 29.03.2014

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